4 resultados para microencapsulation

em Instituto Politécnico de Bragança


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Além de ser o cogumelo mais consumido no mundo, Agaricus bisporus é um dos cogumelos mais ricos em ergosterol, representando esta molécula quase 90% da sua fração de esteróis. Vários estudos têm atribuído ao ergosterol diferentes bioatividades, incluindo efeitos hipocolesterolémicos semelhantes aos exibidos pelos fitoesteróis. Isto torna o ergosterol uma molécula interessante para ser estudada como composto nutracêutico. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de utilização dos extratos de A. bisporus ricos em ergosterol na produção de bebidas lácteas funcionais. Para o efeito, foram realizados testes de incorporação do extrato e do ergosterol puro em iogurtes que se compararam com bebidas lácteas funcionais comerciais (aditivadas com fitoesteróis). As amostras de A. bisporus foram submetidas a uma extração assistida por ultrassons e os extratos obtidos (IEXT), bem como a molécula de ergosterol em diferentes concentrações (IERG1 e IERG2), foram incorporados em iogurtes, e comparadas com amostras controlo (amostras de iogurte sem aditivos) (ICN) e iogurtes comerciais contendo fitoesteróis (ICP). Todas as amostras foram analisadas imediatamente após a incorporação (T0), e após sete dias de armazenagem a 4°C (T1), em relação aos parâmetros nutricionais, atividade antioxidante e propriedades citotóxicas em linhas celulares tumorais humanas e numa cultura primária de células de fígado de porco (não tumoral) para avaliação da toxicidade. O teor de ergosterol incorporado na forma pura, ou presente nos extratos, foi monitorizado por HPLC-UV. Adicionalmente, foi realizado um estudo de microencapsulação utilizando a técnica de coacervação, tendo o quitosano e o isolado proteico de soro como materiais encapsulantes. Num ensaio preliminar determinou-se o pH conducente a um maior rendimento de encapsulação e, seguidamente, verificou-se a influência da razão proteína:quitosano (P/Q) e da temperatura utilizada, no rendimento de encapsulação (Y1), na eficiência de encapsulação (Y2) e na carga (teor de ergosterol nas microesferas) (Y3). Posteriormente, o estudo foi realizado baseando-se nas melhores condições para encapsular ergosterol, sendo também avaliadas as respostas Y1, Y2 e Y3. Além de ser o cogumelo mais consumido no mundo, Agaricus bisporus é um dos cogumelos mais ricos em ergosterol, representando esta molécula quase 90% da sua fração de esteróis. Vários estudos têm atribuído ao ergosterol diferentes bioatividades, incluindo efeitos hipocolesterolémicos semelhantes aos exibidos pelos fitoesteróis. Isto torna o ergosterol uma molécula interessante para ser estudada como composto nutracêutico. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de utilização dos extratos de A. bisporus ricos em ergosterol na produção de bebidas lácteas funcionais. Para o efeito, foram realizados testes de incorporação do extrato e do ergosterol puro em iogurtes que se compararam com bebidas lácteas funcionais comerciais (aditivadas com fitoesteróis). As amostras de A. bisporus foram submetidas a uma extração assistida por ultrassons e os extratos obtidos (IEXT), bem como a molécula de ergosterol em diferentes concentrações (IERG1 e IERG2), foram incorporados em iogurtes, e comparadas com amostras controlo (amostras de iogurte sem aditivos) (ICN) e iogurtes comerciais contendo fitoesteróis (ICP). Todas as amostras foram analisadas imediatamente após a incorporação (T0), e após sete dias de armazenagem a 4°C (T1), em relação aos parâmetros nutricionais, atividade antioxidante e propriedades citotóxicas em linhas celulares tumorais humanas e numa cultura primária de células de fígado de porco (não tumoral) para avaliação da toxicidade. O teor de ergosterol incorporado na forma pura, ou presente nos extratos, foi monitorizado por HPLC-UV. Adicionalmente, foi realizado um estudo de microencapsulação utilizando a técnica de coacervação, tendo o quitosano e o isolado proteico de soro como materiais encapsulantes. Num ensaio preliminar determinou-se o pH conducente a um maior rendimento de encapsulação e, seguidamente, verificou-se a influência da razão proteína:quitosano (P/Q) e da temperatura utilizada, no rendimento de encapsulação (Y1), na eficiência de encapsulação (Y2) e na carga (teor de ergosterol nas microesferas) (Y3). Posteriormente, o estudo foi realizado baseando-se nas melhores condições para encapsular ergosterol, sendo também avaliadas as respostas Y1, Y2 e Y3. As bebidas funcionalizadas com o extrato (IEXT) e com ergosterol na mesma concentração existente no extrato (IERG1) revelaram uma atividade antioxidante similar às bebidas comerciais com fitoesteróis. No entanto, as bebidas com ergosterol na mesma concentração do extrato de A. bisporus e de fitoesteróis (IERG2) revelaram uma atividade antioxidante superior. Além disso, apenas IEXT, IERG1 e IERG2 apresentaram um aumento na atividade antioxidante de T0 para T1, com destaque para a atividade exibida por IERG2, significando que o ergosterol e os extratos foram capazes de proteger a bebida láctea da oxidação, aumentando a vida de prateleira do produto. IERG2 foi a amostra que revelou a maior citotoxicidade para as linhas celulares tumorais, enquanto as bebidas com fitoesteróis mostraram a menor atividade, sem diferenças significativas entre T0 e T1. Os estudos de microencapsulação revelaram ainda que a técnica de coacervação permite obter cápsulas de distintos tamanhos e que as condições ótimas do processo ocorrem a pH 5,5, com temperatura de 55ºC e razão P/Q de 0,5, com um menor rendimento de encapsulação, mas com uma maior carga em ergosterol. Este trabalho contribuiu para o estudo do potencial da utilização de extratos de A. bisporus com ergosterol no desenvolvimento de novas bebidas funcionais. Constituiu um primeiro passo que necessita de estudos subsequentes relacionados com a avaliação da viabilidade da sua utilização ao nível industrial e demonstração clara da sua bioatividade in vivo.

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Currently, many consumers search for food with functional characteristics beyond their nutritional properties. Thus, the concept of functional food becomes a hot topic, allowing the obtaining of health benefits, including disease prevention. In this context, plants are recognized as sources of a wide range of bioactives, mainly phenolic compounds. In particular, the Rosmarinus officina/is L., commonly referred as rosemary, has several phenolic compounds with different bioactive properties such as antioxidant, antiinflammatory and antimicrobial activities, among others [!]. Hence, this plant has great potential for incorporation into foods in order to confer bioactivity to the final products. However, it should be highlighted that the bioactive compounds if exposed to adverse environments, for example: light, moisture, extreme pH, storage, food processing conditions, can be degraded leading to the consequent loss of bioactivity [2]. The microencapsulation is an alternative to overcome this problematic of bioactive compounds, as also to ensure controlled release, or target deliver to a specific site [3]. In this work, lyophilized rosemary aqueous extract prepared by in:'usion was used as a functional ingredient for cottage cheeses, after proving that it possesses, both higher content in phenolic compounds and higher antioxidant activity, comparatively with the corresponding hydroethanolic extract. The rosemary aqueous extract revealed, for example, a DPPH scavenging activity with an EC50 value of 73.44±0.54j!g/mL and presented as main phenolic compound the caffeic acid dimer, commonly named as rosmarinic acid. For the functionalized cottage cheeses, a decrease of bioactivity was observed after seven days under storage in fridge, when the extracts were incorporated in its free form. Therefore, to preserve the antioxidant activity, the rosemary aqueous extract was efficiently microencapsulated by using an atomization/coagulation technique and alginate as the matrix material and thereafter incorporated into the cottage cheeses. The final microspheres showed a size, estimated by OM using a magnification of I OOx, ranging between 51.1 and 122.6 J!m and an encapsulation efficiency, estimated through an indirect method, approaching 100%. Overall, the introduction of both free and microencapsulated extracts did not change the nutritional value of cottage cheeses, providing bioactivity that was more preserved with microencapsulated extracts putting in evidence the importance of using microencapsulation to develop effective functional foods.

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Globally, there is a trend for healthy food products, preferably incorporating natural bioactive ingredients, replacing synthetic additives. From previous screening studies, extracts of Foeniculum vulgare Mill. (fennel) and Matricaria recutita L. (chamomile) maintained nutritional properties and improved the antioxidant activity of cottage cheese. Nevertheless, this effect was limited to 7 days. Accordingly, aqueous extracts of these plants were microencapsulated in alginate and incorporated into cottage cheese to achieve an extended bioactivity. Plain cottage cheese, and cheese functionalized by direct addition of free decoctions, were prepared and compared. Independently of plant species, "functionalization type" factor did not show a significant effect on the nutritional parameters, as also confirmed in the linear discriminant analysis, where these parameters were not selected as discriminating variables. Furthermore, samples functionalized with microencapsulated extracts showed higher antioxidant activity after the 7th day, thereby demonstrating that the main purpose of this experimental work was achieved.

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Bioactive extracts were obtained from powdered carob pulp through an ultrasound extraction process and then evaluated in terms of antioxidant activity. Ten minutes of ultrasonication at 375 Hz were the optimal conditions leading to an extract with the highest antioxidant effects. After its chemical characterization, which revealed the preponderance of gallotannins, the extract (free and microencapsulated) was incorporated in yogurts. The microspheres were prepared using an extract/sodium alginate ratio of 100/400 (mg mg(-1)) selected after testing different ratios. The yogurts with the free extract exhibited higher antioxidant activity than the samples added with the encapsulated extracts, showing the preserving role of alginate as a coating material. None of the forms significantly altered the yogurt's nutritional value. This study confirmed the efficiency of microencapsulation to stabilize functional ingredients in food matrices maintaining almost the structural integrity of polyphenols extracted from carob pulp and furthermore improving the antioxidant potency of the final product.